Marcado: empresario

Clubes, a diferença entre Donos x Presidentes.

Bom, como todo mundo que acompanha o futebol sabe, nos ultimos tempos existe uma grande polemica, principalmente na europa, sobre qual o melhor modo de gestão ou adminitração de um clube de futebol, sendo justamente as duas opiniões contraditórias, entre possuir um empresario que “adquiri” o clube financeiramente ou um presidente eleito pela torcida. Abaixo, tentarei fazer uma análise imparcial, levando em conta os beneficios e problemas que cada modo de gestão apresenta, com a ideia de ver qual é mais produtivo e benefico ao clube num termo geral:

Modo Empresário – No modo empresário, como ja é obvio, o clube é adquirido financeiramente por um empresário, que transforma o clube, de certo modo em um “modelo de empresa” e fica no comando, independente da vontade da torcida. É um modo pouco democrático no termo politico, pois neste modo de administração, não existe um orgão como por exemplo, um conselho deliberativo para supervisionar as atitudes do “mandante”, que de certa forma, gerencia o clube de acordo com sua vontade e por este motivo, é método que atrai muitas opiniões contrarias, pois de certa forma, exclui a torcida das decisões do clube. Na questão do futebol, existem alguns exemplos como Chelsea, Manchester City e Arsenal, de que o sistema funciona a curto prazo, existindo uma lógica, pois como o que se quer é lucrar, é muito importante manter o clube disputando titulos e sempre no topo, pois deste modo, as receitas são maiores e as vendas aumentam, obviamente, e portanto, é um modo de gestão benéfico nesta questão. Outra questão muito relevante, é a do planejamento a longo prazo, que é facilitada neste esquema, levando em conta que o “dono” permanece no clube por tempo indeterminado, fica muito mais prático manter jogadores, comissão técnica e filosofia de trabalho a cada ano, o que é muito bom para o futebol.

Modo presidente – No modo de presidente, que não precisa de apresentações aqui no Brasil, o presidente é eleito por parte da torcida e tem um mandato determinado de alguns anos. Politicamente, parece ser mais democrático que o modo empresário, e de certa forma é, pois constitui uma eleição. Porém, se nos aprofundarmos mais neste sistema, podemos ver que ele tambem possui alguns problemas, como por exemplo, as brigas e questões políticas, que muitas vezes interferem no futebol e acabam prejudicando o clube, também não esquecendo do planejamento, que raramente é seguido por um sucessor de um grupo politico opositor, por exemplo. No futebol, este pode ser benefico, pois pode servir de esperança por uma gestão melhor, caso as coisas estejam ruins, assim como também pode ser ruim, pois pode atrapalhar um bom planejamento e filosofia de futebol, por uma mudança de comando. Além de outras coisas, neste modo de gestão, o clube fica mais exposto a corrupção e má, pois como não existe um “objetivo empresarial” que faz com que o “dono” de grande importancia ao futebol, como no modo empresarial, muitas vezes vemos clubes mal administrados por presidentes de má, que acabam deixando o clube em situações financeiras graves e com elencos limitados, o que ja aconteceu com a grande maioria dos grandes no Brasil. Apesar destes problemas, existem muitos clubes que funcionam bem com este sistema no mundo, como o Bayern de Munique e o proprio Barcelona.

Enfim, após avaliar os dois lados, podemos ver, que nenhum dos dois modos de administração são perfeitos. O modo empresário, muitas vezes é demasiada autoritario politicamente e contra as tradições do clube e apesar de apresentar bons resultados no começo da gestão, o clube corre o risco de ter problemas financeiros no futuro. O modo presidente, é um modo mais democrático e classico, porem tambem tem seus problemas, como por exemplo dificuldade de manter um planejamento, problemas entre grupos politicos opostos e desinteresse no futebol, o que muitas vezes, tambem acaba prejudicando o clube.

Ao meu ver, um modo intermediario entre os dois seria mais consistente e coerente, com o interesse no futebol e longevidade de trabalho do modo empresário, e a manutenção da democrácia e tradição do modo presidente. De qualquer forma, sendo realista, dificilmente alguma coisa mudara no futebol atual, talves o modo empresário diminua sua força se a proposta do “fairplay financeiro” funcionar na prática, porem nada mais revolucionario que isto.